A escrita e eu

Não consigo não ter vontade de morder esse menininho lindo!! Já o amo tantooooo!!! Saudade, meu lindinho!

Como ainda não fiz nenhum post especial para os meus queridos alunos do COTUCA? ...e olha que f oram dois anos trabalhando e aprendendo muito com eles nas oficinas de redação. Nesse tempo eu entendi o que são alunos interessados e dedicados... e fiz queridos amigos. Experiência maravilhosa essa! Fizemos uma festa de confraternização na última segunda antes do feriado (7/11) porque era nosso último dia como bolsistas PIBID. Eu fiquei muito emocionada em ouvir tantos elogios por parte deles e da professora de português, a Silvia. Também discursei, porque queria que eles soubessem o quanto são especiais pra mim. Acho que a Patty e eu só temos a agradecer a eles por toda a atenção com que eles nos trataram todo esse tempo. A Patty foi minha companheira de oficinas depois que a Ana saiu. Foi muito fácil e bom trabalhar com ela! Ela é um exemplo de dedicação também... Vou sentir muitas saudades de todos!!!

Conversando com a psicóloga no último dia de terapia, cogitei a possibilidade de ter evitado ficar doente durante o tempo em que o Leonardo estava em tratamento. Foi engraçado notar que todas as gripes que eu não peguei durante os anos de doença dele vieram neste ano...várias...seguidas, sem trégua. Ela disse que sim. Se queremos, podemos colocar todos os nossos problemas em segundo plano, quando há uma grande causa em vista. Eu tinha uma grande causa... Agora, mais frágil, até desmaiar eu desmaiei. Levei quatro pontos no rosto e um par pra minha cicatriz da sobrancelha esquerda...rs. Eu realmente me senti frágil, sozinha, carente. Talvez seja uma forma do meu corpo se expressar pela falta do Leonardo. A terapia foi uma constante despedida...e, bom...o último dia foi como me despedir pela última vez. Quase um ano sem ele e a vida vai seguindo... Procuro entender o porquê das coisas...não consigo. Volta, Lindo? Lembra que você adorava me ouvir cantar essa música? E eu adorava te ouvir t

In Memoriam Ela falava quase todas as línguas do mundo Mas não sabia as palavras mágicas , As palavras para abrir os olhos dele. Porque quando se deixa de viver, Apaga-se a luz do quarto, Cessa a voz dos homens, E quem fica, fica com saudade e quer roubar o dom de Deus. Mas ela não podia, E não era por falta de vontade Dizer as palavras certas Pra poder rever o brilho dos olhos dele, Nos olhos dela em frente, Como só quem vive pode fazer. As palavras dizem muito mas não dizem tudo. Ele disse suspirando um grito Pra ela prosseguir sem medo, sem dó, sem espanto, sem deter-se. Porque a vida é assim mesmo, uma linha bela com começo e fim. Então a voz dele findou e passou a se ouvir na boca dela, Enganando mortes e pesadelos, Porque quem parte, passa a viver por aí. Em ti. Escrito por Leonardo Deuschle, ao saber sobre a minha história com o Lê.

Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive. Ricardo Reis, 14-2-1933

Depois de passar um dia todo com muita angústia, agonia e aflição, com dor de estômago, sem comer e desesperada, eu descobri que também passei pela segunda fase do processo seletivo para o mestrado! O resultado foi sair só às 19, no mesmo momento em que eu já tinha certeza que não tinha conseguido. Foi horrível! Não lembro de outro dia tão tenso! Enquanto eu chorava por uma hora seguida, fiquei pensando nas imagens do Leonardo e da minha mãe. Tive certeza de que eles estavam sorrindo ao me olharem. Fico feliz em pensar que eles estão orgulhosos de mim. Como disse a Helena, eles foram as pessoas que mais me amaram. Com certeza tive uma forcinha deles! Não foi à toa que eu pensei tanto no Leonardo essa semana. Provavelmente ele estava querendo me dar um sinal... Ai, que saudade! Seja qual for o lugar que vocês estiverem, eu sei que estão torcendo por mim. Dedico mais essa vitória a vocês! Obrigada a todos pela força e confiança que depositaram em mim. Beijos Monica